É flor até machucar a mão.
Depois, espinho.

Para desprender, não leve a vida tão a sério.
Para adoçar, chocolate e baunilha.
Música é de lágrima.
Noite com anjos, dia com amigos.
Passo a passo, passo a vida pra ver se pára.

E sangro,
e cada vez que sangro
ainda me sinto capaz de doar-me.
E o rasgo se torna crosta.
E seu dedo em riste na minha ferida
passa a não doer mais.

Muito embaçado pro meu astigmatismo.
Muito sussuro pro meu sujo ouvido.
Muito sal pra ferida aberta.

Flores azuis,
cheiro forte,
estrela cadente,
bom mesmo
é abrir os braços
pro que é diferente.

Espalhei cravos pela cama e fiz funeral.
As cinzas juntei para renascer.