sexta-feira, 30 de setembro de 2005

terça-feira, 27 de setembro de 2005

Nem bem aparece,
e já estou com sorriso aberto
e o bom dia na ponta da língua.
Nem bem pede um beijo,
e eu já emendo um na boca.
Se manda boa noite,
sonho noites em claro.
Se manda um cheiro,
aí que me perco
e não sei pra onde
aponta o nariz.

E você ainda quer mais?
Êta amor da minha vi.

segunda-feira, 26 de setembro de 2005

Ontem, li você.
As palavras lidas
pareciam ditas
ao pé do ouvido.
Passaram o dia
comigo.
Foram pra cama,
deitaram ao meu lado
como se fosse você.
Suas palavras são
meu alimento,
são alento.
Suas palavras
fazem parar o tempo
como um beijo sussurrado
no lábio sedento de você.

terça-feira, 20 de setembro de 2005

Sinto falta das suas palavras distantes.
Do seu sotaque sem rumo.
Da sua respiração ofegante.
Do seu calor apegado.
Da sua improvável presença.
Da sua presença marcante.

quarta-feira, 14 de setembro de 2005

Nas suas costas,
meu nome.
Na boca, sexo.
Palavras que
ungem seu corpo.
Oração profana
do meu querer.

segunda-feira, 5 de setembro de 2005

Não brinca muito não, que a vida é coisa séria.
Tem pé de moleque quebrando dente de nego.
Tem pistola de água fria apontada pra cabeça quente.
Tem caça palavra na cola de quem dá com a língua nos dentes.
Tem pedalada em cima de perna de pau.