quinta-feira, 5 de fevereiro de 2004

Tudo começou com um beijo bom que virou uma noite boa.
Tudo muito rápido e intenso. Tão intenso que virou conversa de todos os dias.
E da conversa surgiram as discussões.
Eram brigas todas as tardes e o dia sempre acabava com janelas fechadas na cara.
As mensagens trocadas eram: grossa, você leva tudo ao pé da letra, tá precisando crescer, não me enche.
E ficaram tão comuns que quando não tem isso, a gente sente falta.
Sente falta de apanhar na cara pra ver se acorda. Mas para quem tá de fora, a falta é de vergonha mesmo.
Uma reclama de gritos que nunca existiram, a outra reclama da pouca proximidade que é na verdade é muita.
Uma queixando-se da outra o tempo todo. Cada qual buscando seu espaço para acomodar o ego inflado.
Papo de leoninos, vida de bicho rei. Dentes à mostra, garras afiadas, juba arrepiada e coração mole.

Para a menina que ama requeijão com minhocas.

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