domingo, 15 de fevereiro de 2004

Sábado foi dia de Banda Mole. Como em todos os anos, os homens vestidos de mulher, as drags divinamente montadas e os travestis rebolando como nunca. Todos os gays de Bh e outras cidades foram para as ruas.
Crianças fantasiadas, velhinhos acompanhando o movimento e o povão em massa.
Tudo preparado para a festa onde todo mundo solta as frangas, as galinhas e as sapas. Vários trios elétricos, inclusive um preparado para o Skank, parados na avenida Afonso Pena esperando o momento de subir a Bahia e arrastar um público de 150.000 pessoas.
O ponto de encontro, como sempre, no edifício Maleta. Lugar obrigatório para se tomar cerveja e ver o desfile das drags que passam por alí com altivez de rainha.
Tudo certo, as pessoas se divertindo, se conhecendo, matando saudade, paquerando, se enlouquecendo.
Tem gente que só se vê na banda: - oi como vc está? a gente só se encontra na Banda Mole né?
Tudo pronto, todo mundo concentrado na rua da Bahia, ou nos bares das ruas transversais só esperando a Banda para cair na folia e
a Banda não passou.
O evento não havia sido autorizado pela prefeitura. Mesmo já acontecendo há 28 anos na capital mineira a Banda Mole parece não contar com a simpatia do monárquico prefeito e sua corte.
Já imaginou se a prefeitura de Salvador não autorizasse o desfile dos trios?
A prefeitura alegou que a Banda ultrapassou os 40 dias de prazo para solicitar a licença ao Conselho Municipal do Meio Ambiente.
O público contou os dias para a Banda Mole chegar e a prefeitura contou dia por dia dos quarenta determinados por lei para frustrar a população.
O povo na rua da Bahia contou as horas e os minutos para os trios desfilarem e a Banda Mole não saiu.
Em outubro, veremos o candidato à reeleição para Prefeito BH, Fernando Pimentel contar voto a voto o resultado dessa trapalhada, que fantasiou os milhares de foliões alí presentes de palhaços.

Nenhum comentário: